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Redação Bebidas e Afins
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Para os franceses, a pinot noir é a “uva nobre” e o vinho feito com ela fonte de inspiração e prazer. Agora, 700 anos de dados sobre sua colheita forneceram um retrato da história do clima no Oeste da Europa. Um estudo apresentado durante reunião da União Americana de Geofísica nesta semana encontrou uma forte correlação entre as datas que elas são colhidas na Borgonha com as tendências da temperatura na superfície dos oceanos e o tempo na região.
Os registros das colheitas tiveram início no século XIV com monges que moravam na Borgonha e continuaram ao longo dos séculos. Até 2007, as vinícolas eram proibidas de colher as uvas até que autoridades locais determinassem que elas estavam maduras, o que ajudou a manter os registros precisos. Analisando os dados das colheitas e do serviço meteorológico francês, Yves Tourre, do Observatório da Terra Lamont Doherty, nos EUA, verificou que os invernos na região tiveram pouca variação na temperatura até 1988, ficando mais amenos a partir de então. Segundo ele, isso teve um efeito direto no crescimento das uvas e, consequentemente, na época de começar a colheita no verão seguinte.
Tourre então analisou os registros da temperatura dos oceanos e dua relação com as datas das colheitas, identificando um padrão em forma de ferradura nas correntes marítimas que influencia o clima no Oeste da Europa. Quando a temperatura do Atlântico ficava mais alta, a temperatura também subia na França durante o período de amadurecimento das uvas. Assim, Tourre previu que a colheita deste ano seria mais cedo, e acertou. Livres da dependência de autorização das autoridades, as vinícolas da Borgonha começaram a colher a pinot noir em 20 de agosto, bem antes da tradicional primeira semana de setembro.
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